Se você estiver lendo esta postagem, é provável que tenha aberto esta página porque eu lhe disse que tinha um novo site e que gostaria de ouvir a sua opinião sobre ele. Nesse caso, você é alguém que eu conheço e que conhece meu trabalho de uma forma ou de outra. A esses/as leitores/as, agradeço a visita e a curiosidade em explorar o site além da sua página inicial. Pode ter certeza que eu realmente aprecio a amizade e o interesse.
Mas posso imaginar outros/as leitores/as também: colegas de hoje ou do passado, ex-alunos/as, amigos/as ou familiares com quem não necessariamente comentei sobre o meu novo site por alguma razão que pode ter variado entre timidez, constrangimento ou mesmo mero esquecimento (neste último caso, espero você me desculpe e que interprete a minha falha como um lapso de memória não intencional).
Em ambos os casos, você, meu/minha leitor/a, provavelmente será um rosto familiar – ou talvez melhor dizer que será “olhos familiares”. É provável que você reaja ao conteúdo deste site de uma forma geral e desta postagem de uma forma específica com um grau de familiaridade que pode atenuar os riscos que eu corro neste processo egocêntrico de escrever um site pessoal!
Há ainda outro/as leitores/as a considerar. Esses/as não necessariamente me conhecem, ou o meu trabalho. (A Internet continua me surpreendendo, e fico sempre surpresa – de uma maneira positiva – quando pessoas que não conheço entram em contato comigo para fazer perguntas, compartilhar informações sobre áreas de interesse comum, comentar sobre os meus livros e assim por diante). De qualquer forma, peço a esses/as leitores/as, se estiverem realmente por aí, que leiam esta postagem tendo em mente que o que estou fazendo aqui é um exercício de autoanálise: depois de tanto escrever (sobre mim mesma!) ao compilar o conteúdo para o site, comecei a me perguntar que tipo de imagem eu estava construindo – que informações eu estava apresentando, que fatos e ideias eu estava priorizando, e assim por diante. Decidi então criar uma nuvem de palavras com o conteúdo que subi no site para verificar quais palavras eu usei com mais frequência. Excluí citações e depoimentos de outras pessoas nesse processo.
De forma geral, eu gostei da nuvem de palavras gerada. Inicialmente fiquei um pouco preocupada com a centralidade e frequência do meu nome, mas depois concluí que, afinal, a imagem representa o conteúdo do meu site pessoal e que meu nome aparece mesmo com muita freqüência em referências de publicação, detalhes sobre palestras que eu dei e assim por diante. De qualquer forma, fiquei feliz em ver minhas principais áreas de interesse sendo destacadas em torno do meu nome. E gostei muito de ver que os nomes dos/as meus/minhas principais coautores/as estão claramente visíveis na nuvem de palavras.

Vou finalizar estas palavras introdutórias com uma sugestão: talvez o processo que aqui descrevo possa inspirar meus/minhas leitores/as a encaminhar algumas reflexões semelhantes. Se você é professor/a, pode propor atividades em sala de aula convidando seus/suas alunos/as a pensar sobre as palavras que eles/as tendem a usar quando falam sobre si mesmos/as.
Como este blogue vai funcionar: frequência e categorias
Eu pretendo ter postagens semanais neste blogue, a princípio a cada sábado. As postagens serão categorizadas em inglês no site, e no momento eu vislumbro as seguintes categorias:
- Bilinguismo em Questão (Bilingualism Matters)
Aqui eu vou apresentar e discutir algumas ideias sobre aspectos teóricos e vivências sobre o que é ser bilíngue, os desafios que surgem com o desenvolvimento do bilinguismo e as maravilhas que a comunicação em mais de um idioma pode trazer ao indivíduo e à sociedade. Vou tentar incorporar sugestões práticas (sobre pedagogia, sobre desenvolvimento de materiais) sistematicamente nestas postagens. - Prática de Sala de Aula (Classroom Practice)
Nesta categoria, podem-se encontrar ideias para serem implementadas em aulas de idiomas (inglês e português). Ainda estou para decidir se vou seguir sempre um mesmo formato (por exemplo, um plano de aula mais convencional) ou se vou desenvolver essas postagens de forma variada e sem me prender muito a uma estrutura predefinida. Provavelmente vou fazer um pouco de cada coisa. - Autor/a Convidado/a (Guest Post)
Essas postagens vão conter contribuições de uma gama variada de escritores/a: colegas, amigos/as ou familiares. O que estas postagens têm em comum, dando-lhes integridade, é que elas abordam algum aspecto da linguística aplicada ou de teoria educacional. Vou sempre incluir uma pequena introdução a essas postagens, onde apresento o/a convidado/a e alinhavo algumas palavras sobre como a postagem se relaciona com minhas ideias atuais. - Do Baú (Memory Lane)
Tenho dois objetivos ao criar esta categoria: o primeiro deles é revisitar algumas coisas que escrevi no passado (publicadas e não publicadas) e discuti-las a partir de como as entendo atualmente. Alguns desses textos ainda não estão digitalizados – e esse é o meu segundo objetivo. Fazendo parte de um esforço mais amplo de reorganizar a papelada no meu escritório, essas postagens vão permitir que eu abra espaço nas minhas estantes.
Finalmente, eu também visualizo uma quinta categoria, A Língua Inglesa à Minha Volta (English Around Me). Esta categoria será um pouco diferente das outras em termos de frequência: elas não serão sistemáticas e vão ocorrer quando eu tiver algo relevante para compartilhar. Serão também diferentes na sua modalidade: não serão predominantes escritas mas, sim, visuais: vão mostrar outdoors, placas ou grafites que encontro no meu dia a dia, na cidade onde moro ou em outro lugar. Essas postagens também vão poder ser transcrições e comentários do que ouço aqui e ali. Elas podem ser uma combinação de fotos, comentários e transcrições. Vamos ver.
Que idioma vai ser usado neste blogue?
Esta postagem de boas-vindas contém uma versão em inglês e outra português, mas as postagens subsequentes vão ser escritas em um dos dois idiomas. Não seria possível traduzir todas as postagens por questões de tempo e também porque eu não tenho qualificação em tradução e acho esse processo incrivelmente complexo (e muitas vezes impossível).
Obrigada por visitar o meu blogue e aguardo os seus comentários!
